Quadro 1 – Descrição das variáveis e fontes dos dados
a) Produtos agrícolas – foram consideradas as exportações dos produtos pertencentes às
quatro primeiras seções do Sistema Harmonizado (SH). Estas seções abrangem 24 capítulos e
estes contemplam diversos produtos desagregados de acordo com suas especificidades (MDIC,
2012d);
b) Países importadores* – foram selecionados 24 países que apareceram entre os maiores
importadores no período considerado: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países
Baixos (Holanda), Portugal, Reino Unido, Argentina, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos,
Rússia, México, Chile, Peru, Venezuela, Canadá, Colômbia, China, Arábia Saudita, Japão,
Tailândia e África do Sul. Este grupo de países foi responsável por importar 69,89% dos
produtos agrícolas do Paraná no ano de 2000 e 64,62% em 2011 (MDIC, 2012b);
c) Exportações agrícolas – os dados trimestrais foram coletados em dólares Free on Board
(US$/FOB) (MDIC, 2012b); ajustados para milhões de US$ e deflacionados pelo Índice de
Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos (IPEADATA, 2012);
d) PIB do Paraná – foi coletado em milhões de R$ e com periodicidade anual (IPARDES,
2012); deflacionado pelo IPC/FGV e convertido para milhões de US$ pela taxa de câmbio (R$/
US$) comercial média (IPEADATA, 2012). Como as estatísticas do PIB paranaense não são
elaboradas com periodicidade trimestral, o PIB anual foi convertido para trimestral por meio
do cálculo da média móvel geométrica;
e) PIB dos importadores – para a tabulação dessa série de dados, foram necessários vários
procedimentos distintos que dependeram de cada país. Todos os PIB’s foram convertidos
para milhões de US$ pela taxa de câmbio referente à moeda de cada país (IPEADATA, 2012;
INEI, 2013); foram deflacionados pelo IPC-EUA ou nacional (IPEADATA, 2012). As fontes
para os PIB’s foram: 1) Tailândia, Arábia Saudita e Paraguai – de 2000 a 2007 - (FMI, 2013),
convertidos para trimestrais pela média móvel geométrica; 2) Paraguai após 2008 (BCP,
2013); 3) China (NBSC, 2013); 4) Uruguai (BCU, 2013); 5) Venezuela (BCV, 2013); 6) Colômbia
(DANE, 2013); 7) Peru (INEI, 2013); 8) Demais países (OECD, 2013a).
f) Distância – foi considerada a distância entre as capitais, em quilômetros (Km) levando em
consideração a curvatura da terra (HorlogeParlante, 2013);
g) Tarifas **– os dados foram coletados para cada país individualmente e por capítulos SH
(do 01 ao 24), sendo que para 21 países foi considerada a média ponderada da tarifa NMF,
ad valorem, que é a tarifa base da OMC, e para os membros do Mercosul (Argentina, Paraguai
e Uruguai) foi considerada a tarifa zero praticada entre o bloco (TRAINS, 2012). Além das
tarifas, foram coletadas a exportação paranaense total dos 24 capítulos SH e a individual de
cada um dos 24 capítulos (MDIC, 2012b; 2012c). Em seguida, foi obtida e média ponderada
por trimestres das tarifas NMF aplicadas por cada país sobre as suas importações agrícolas
paranaenses, tendo como fator de ponderação a participação percentual de cada capítulo SH
no total exportado pelo Paraná dos 24 capítulos agrícolas.
Fonte: Elaboração própria.
Notas:
* No primeiro momento foram considerados os 30 países que mais importaram produtos
paranaenses, no período de 2000 a 2011. Foram selecionados os países que mais apareceram
entre os 30 principais de cada ano. Este grupo de países foi responsável por importar 84,47%
das exportações agrícolas do Paraná no ano de 2000 e por 79,93% em 2011. Entretanto, quando
os dados referentes às tarifas foram coletados, observou-se que alguns países apresentavam
uma lacuna desses dados para vários anos, impossibilitando a inclusão deles no modelo. Desta
forma, foram descartados 6 países: Irã, Hong Kong, Índia, Coreia do Sul, Taiwan e Emirados
Árabes Unidos. Portanto, a amostra dos importadores passou para 24 países.
** É válido ressaltar que, ao contrário de outros trabalhos, esta pesquisa não considera o
comércio entre países e sim entre um Estado do país e outros países. Muito embora as tarifas
se apliquem às exportações do país como um todo, isso não se configura em um problema,
haja vista que o objetivo é justamente identificar o impacto dessas tarifas sobre os produtos
exportados especificamente pelo Estado do Paraná, que vai responder de forma diferente de
outros Estados com pauta de exportação distinta, daí a importância de realizar essa análise
desagregada.